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Doenças Virais em Bovinos

22/10/2020- Fonte: Rafael Paiva Izidoro – Médio Veterinário Homeopata

Os vírus são microrganismos de constituição extremamente simples, pois são formados por  ácidos nucleicos, recobertos por proteína e em alguns casos protegidos por uma camada lipoproteica, chamada de envelope.

Os vírus dependem de uma célula viva para se multiplicarem e ao chegar ao interior de um organismo, conseguem enganar as células, penetrando no interior das mesmas e introduzindo o seu DNA ou RNA (ácidos nucleicos) junto ao núcleo da célula e produzindo cópias do seu DNA ou RNA. Na maioria dos casos, após estar repleta desse material a célula predada explode e libera os vírus, que por sua vez vão procurar outras células sadias para repetir o processo. A medida que este processo avança, a doença vai progride.

Os vírus se espalham com grande velocidade, já que conseguem contaminar com seu material genético,  secreções e excreções, e a partir destas, materiais, agua e alimentos. Alguns vírus podem também não destruir suas células hospedeiras e usá-las para alterar sua bioquímica, transformando-as em células tumorais.

Para uma doença viral se instalar, o vírus necessita vencer algumas fases como: infectar um primeiro indivíduo susceptível, replicar seu material genético, dissemina-lo através de secreções ou excreções.

A partir daí, a doença se multiplica no rebanho, por portas de entrada naturais como a boca, água ou alimento contaminado, como na febre aftosa; feridas ou lesões na pele como na papilomatose bovina; ou ainda, pela introdução do vírus por outros agentes como agulhas endovenosas na aplicação de ocitocina, no caso da leucose bovina ou a picada de um mosquitos hematófago como na anemia infecciosa equina ou de morcegos no caso da raiva.

O organismo responde inicialmente, produzindo substâncias naturais inespecíficas como citocinas e células de defesa para tentar conter a infecção, processo esse que leva de cinco a sete dias, até que o organismo comece a produzir anticorpos específicos, para a identificação de vírus e células infectadas, o que permite que as células do sangue possam destruí-los e debelar a infecção.

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