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Leite Instável Não Ácido – LINA
08/02/2018- Fonte: Médico Veterinário - Dr. Rafael Paiva Izidoro
O leite tem acidez natural medida entre 14 a 18°Dornic, mas ao sofrer contaminações, bactérias usam a lactose (açúcar do leite) como fonte de energia, aumentando a concentração de ácidos e elevando a acidez. O aumento destes ácidos geram um processo chamado “instabilidade térmica”, de forma que se o leite ácido é fervido ele talha. Este leite sofrerá alterações no seu processamento, com perda de qualidade, piorando o rendimento industrial e podendo trazer riscos a saúde.
Baseado nisso, antes de ser embarcado no caminhão do leite, uma amostra passa pelo teste do alizarol, um álcool que em contato com o leite ácido provoca uma rápida desidratação da amostra fazendo com que a mesma coagule, formando pequenos grumos, reação conhecida como “cortar no alizarol”.
O Leite Lina não é um leite ácido, no entanto, em função de sua instabilidade térmica pode também “cortar no alizarol” e por isso ser impedido de ser embarcado para a indústria gerando prejuízos ao produtor. Existem muitos fatores que podem fazer uma vaca produzir o leite LINA, sendo que os principais são: carência ou desbalanceamento nutricional, stress ou estágio da lactação. O problema está relacionado com o equilíbrio de alguns minerais no leite (sais, cátions e ânions) e a estabilidade da caseína, principal proteína do leite.
Nesta época do ano, em algumas regiões, temos vacas mal nutridas, em função do longo período de estiagem ou que estão se alimentando de brotos de capim com poucos nutrientes e fibra, por isso a incidência do leite LINA tende a aumentar. Máximo L H1000 e Hepathor H1000 nelas !!!
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